quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Os tambores de Nietzsche


Recentemente, através do Youtube, deparei-me com uma cena, no mínimo, inusitada: uma famosa cantora gospel brasileira, em um show (que insistem em chamar de “ministração”) começou a afirmar que, ao som dos tambores que seriam tocados pelos seus músicos, as potestades do mal seriam destronadas em nosso país, Satanás e seus asseclas seriam eternamente envergonhados, e o nome do Senhor seria exaltado. Infelizmente, não sei se isso ocorreu antes do recrudescimento da violência no Rio pré-PAN ou antes da avalanche de escândalos morais no Congresso Nacional. Porém, vi que, ao serem tocados os tambores, houve um frenesi, tanto na platéia como no palco: a cantora, sem muita intimidade com instrumentos de percussão, começou a “surrar” um gongo chinês, atravessando todo o ritmo, repetindo a todo tempo os mantras “o Brasil é de Jesus” e “diabo, você está derrotado”.


Sinto-me meio sem rumo. Em minha conversão, há 19 anos, nunca esperaria ver um ritual de macumba gospel palatável à burguesia divulgado pela internet. Ao formar-me no seminário e assumir uma igreja como pastor, há dez anos, não pensava em concordar tão prontamente com a banda de hip hop “Apocalipse 16”, na música “Meus inimigos estão no poder”, uma citação da composição “Ideologia”, de Cazuza.


É triste pensar no cristianismo evangélico atual no Brasil. Tornamo-nos pastiche de uma religiosidade irrelevante — e, o que é pior, tornou-se prato cheio para uma mídia com má vontade e sedenta de escândalos. Afinal, em dois dos mais recentes escândalos no país, evangélicos estão envolvidos de forma negativa: a recente acusação contra um deputado federal, líder de uma denominação, que pagou para um pistoleiro matar outro deputado, também pertencente à sua denominação; e, no caso do senador Renan Calheiros, Mônica Veloso, a repórter que não sabe fazer planejamento familiar e engravidou de um poderoso senador meio sem querer, afirmou ser, de acordo com entrevista à “Folha de S. Paulo”, “evangélica, batista, do Vale do Amanhecer”.


Friedrich Nietzche é um nome que causa arrepios entre nós, nem tanto por sua colaboração filosófica vital ao nazismo, mas mais por sua virulência contra o cristianismo protestante, atacando sem dó nem piedade a moral e os valores cristãos. Para ele, a figura de Jesus é o retrato mais bem acabado do fracasso e da derrota. Esta moral deveria ser suplantada por uma outra. Para tanto, ele propunha a nova moral, a nova ética, a partir do super-homem. Mas, para que tal intento tivesse sucesso, era necessário ter a consciência de que Deus, a fonte da moralidade cristã, morreu. Ele mesmo escreveu, em um de seus textos: “Deus morreu e nós o matamos! Sinta o cheiro da putrefação divina!”


Será que Nietzche está, afinal, certo? Será que Deus realmente morreu? Afinal, qual a relevância de Deus para o movimento evangélico de hoje? Qual a relevância dos valores do Evangelho do Reino, reduzidos a um mero exorcismo com tambores em um “show gospel” mal tocado? Aquilo que aprendemos nos domingos, em nossas comunidades, é praticado no dia-a-dia? Aquilo que aprendemos é mesmo aquilo que está na sua Palavra? Deus é relevante, ou se torna figura de retórica, pedra de toque, fetiche religioso para manipulação mágica do mundo espiritual, como o temos reduzido ultimamente?


Se não retornarmos (ou melhor, nos convertermos) ao Evangelho do Reino, abandonando o falso evangelho da macumba gospel, infelizmente, seremos obrigados a imaginar Nietzche, com aquele bigodão de vassoura, dando folgadas gargalhadas no inferno e gritando em alemão: “Eu venci!”. Que sejamos sal em um mundo apodrecido e luz no meio das trevas religiosas. Que o Senhor tenha misericórdia de nós.


Autoria:Rodrigo de Lima Ferreira.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

A sedução da teocracia


Recentemente participei de um encontro chamado “Sounds of Hope” (Sons de Esperança), que reuniu líderes cristãos de países predominantemente muçulmanos, como Egito, Líbano e Jordânia. Ouvindo seus relatos de vida como minorias sitiadas numa região turbulenta, vi-me pensando sobre a relação entre o cristianismo e o islamismo.

Há alguns anos, um muçulmano me disse: “Não encontro orientação no Corão sobre como os muçulmanos devem viver como minoria numa sociedade e não encontro orientação no Novo Testamento sobre como os cristãos devem viver como maioria”. Ele pôs o dedo na principal diferença entre as duas religiões. Um, nascido no Pentecostes, tende a florescer transculturalmente e mesmo contraculturalmente, em geral coexistindo com governos opressores. O outro, geograficamente ancorado em Meca, foi fundado, ao mesmo tempo, como religião e Estado.

Em conseqüência, nos países claramente muçulmanos, religião, cultura e política são unificadas. Enquanto nos Estados Unidos as direções das escolas debatem a legalidade de orações não sectárias de um minuto nos jogos de futebol, nos países muçulmanos o comércio e o transporte param tudo para orações cinco vezes por dia. Muitos muçulmanos querem que a lei do Shari’ah seja retirada de escritos sagrados similares ao abrangente código do Pentateuco.

Animado pelo zelo teocrático, o islamismo conquistou três quartos de todo o território cristão durante a Idade Média. Em resposta, os cristãos, que tinham pouca tradição em guerra santa, desencadearam as Cruzadas. Depois, o Ocidente cristão separou Igreja e Estado e promoveu a liberdade religiosa. Ultimamente, a Europa ficou identificada como uma cultura “pós-cristã”. Sem dúvida, não há sociedades “pós-muçulmanas” nas regiões em que o islamismo foi expulso pela força.

A cultura teocrática potencializa a coerção moral, como os cristãos sabem por sua própria história. Na Argélia, islamitas radicais cortam lábios e narizes de muçulmanos que fumam e bebem álcool. Em alguns países muçulmanos, a polícia moral bate publicamente em mulheres que ousam tomar um táxi desacompanhadas de seus maridos ou dirigir sozinhas seus carros. O adultério ou a conversão ao cristianismo pode redundar em pena de morte.

Os cristãos no Oriente Médio não se opõem a todos os rigores morais do islamismo. Um egípcio me disse que um homem não se hospeda num hotel com a mulher enquanto não provar que é sua esposa – uma prática que ele apóia –, e o mesmo pensa sua esposa. Muitos cristãos com quem conversei prefeririam criar seus filhos numa sociedade islâmica bem guardada do que nos Estados Unidos, onde a liberdade geralmente leva à decadência.

O sentimento de uma cultura unificada pervade todos os níveis da sociedade islâmica, a começar pela família. Um bom muçulmano coloca o grupo acima do indivíduo. Compreender isto – diz um americano que vive no Egito – pode ajudar a explicar o ultraje e a violência que eclodiram por causa das charges dinamarquesas sobre o profeta Maomé.

O fundamento da sociedade árabe não é o indivíduo, mas a comunidade; primeiro, a família, depois a família ampliada ou o clã, depois a comunidade religiosa e, de vez em quando, a nação.
Segundo essa visão, se os chargistas da Dinamarca (a “comunidade dinamarquesa”) insultaram o Islã e seu profeta e se os líderes não repudiaram a atitude, então os muçulmanos interpretam que o líder e os dinamarqueses apóiam os cartões e os insultos. Embora o primeiro-ministro dinamarquês tenha publicamente manifestado sua desaprovação às charges, também lembrou que isto não era ilegal na Dinamarca por se tratar de liberdade de expressão e imprensa para os indivíduos. Ironicamente, esta declaração foi interpretada pela comunidade islâmica como uma defesa e um apoio às charges.

As duas cosmovisões culturais não conseguem uma compreensão mútua. Ouvir sobre a cultura islâmica em primeira mão aumentou minha compreensão, mas, ao mesmo tempo, me deixou preocupado com minha própria sociedade. Será que teremos que criar nossa própria versão de fundamentalismo severo a exemplo do islamismo contemporâneo?


Autoria:Philip Yancey -(Tradução de Israel Belo de Azevedo)

terça-feira, 18 de setembro de 2007

A Bíblia contra “idéia dos crentes”


Um dos grandes identificadores dos evangélicos, ou do “povo crente”, como dizem alguns, é a sua apreciação pela Bíblia. Houve até mesmo época quando os conhecidos crentes eram chamados de “bíblias”. No entanto, apesar da tradição que vincula os evangélicos à Bíblia, será que essa realidade é verificável? Surpreendentemente, parece que grande parte da tradição evangélica nada tem a ver com o estudo sério das Escrituras.

Muitas idéias e práticas sagradas e supostamente bíblicas têm outras origens: a cultura norte-americana, brasileira, européia, africana etc. Certa ocasião, fiquei atônito quando tentei compartilhar o Evangelho com um homem numa viagem de ônibus. Ele, ao perceber minha linha de pensamento, perguntou: “Você é crente?”. E prosseguiu: “Mas é crente mesmo?”. Confuso, respondi: “Sim”. E, mais do que depressa, ele disse, com firmeza: “Você bebe café?”. Sem entender, respondi afirmativamente, e, então, esboçando largo sorriso, o homem reverberou: “Então não é! Porque o crente que é crente mesmo, nem café bebe!” Perplexo, fiquei a pensar que tipo de Evangelho se divulga em nossos dias! O cristianismo de alguém é avaliado pelo café ingerido?!

Durante muito tempo envolvido com a área da literatura, principalmente a teológica e acadêmica, posso atestar que o tipo de livro menos procurado pelo mercado evangélico chama-se “comentário bíblico”. Apesar de termos cerca de meio milhão de pastores e líderes no Brasil, parece que a maioria deles não entende que o estudo aprofundado da Bíblia é tarefa urgente e indispensável.

Esse distanciamento das Escrituras, presente no meio evangélico, tem facilitado o surgimento de outras tradições, marcadas por idéias e costumes que levam a comunidade para uma outra direção, para longe de uma teologia fundamentada na Bíblia.

Infelizmente – é verdade –, há muita “idéia de crente” que é contra a Palavra de Deus. Não faz tanto tempo assim, numa comunidade cristã ouvi uma multidão aplaudir a seguinte frase enfatizada por um de seus líderes: “Deus precisa de você”. O discurso prosseguiu sugerindo que Deus nada poderia fazer sem a atuação humana. Que tipo de Deus é esse? Pode ser de algum grupo evangélico! Mas não é bíblico! Afinal, como lemos em Atos 10.25 e 26, Deus, por definição, não precisa de nada: “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor dos céus e da terra, e não habita em santuários feitos por mãos humanas. Ele não é servido por mãos de homens, como se necessitasse de algo, porque ele mesmo dá a todos a vida, o fôlego e as demais coisas”.

Em muitos cultos evangélicos é comum ouvir o povo agradecer a Deus por estar reunido na “casa do Senhor”. A idéia particular dos crentes até existe nas Escrituras, só que não no cristianismo do Novo Testamento. Havia um tabernáculo e um templo no Antigo Testamento.


Mas Jesus mudou o enfoque, afirmando que Deus não está restrito a templos. A verdade é que Deus não habita no prédio da igreja! Em João 4, a mulher samaritana queria saber se Deus dava prioridade a Jerusalém ou a Samaria como “casa de Deus”. Jesus deixa claro que a adoração deve ser em espírito e em verdade (Jo 4.23). O Novo Testamento, ao contrário dos crentes, ensina que a casa de Deus somos nós, onde o Espírito Santo habita. Em 1 Pedro 2.5 descobrimos que somos “as pedras vivas” e “a casa espiritual”.

Outra tradição evangélica, que assusta até descrentes, é que para Deus “não há pecadinho nem pecadão”. Todos os pecados são iguais para Deus! É possível imaginar que um canibal e um pedófilo assassino sejam equiparados a quem não ora sem cessar (1Ts 5.17)? É absurdo! É provável que a má interpretação tenha surgido de Tiago 2.10, que afirma que “quem tropeça num só ponto da lei é culpado de todos”. Na verdade, o texto apenas nos mostra que apenas um pecado é suficiente para nos deixar numa condição de pecadores perante Deus. Como Deus é santo, um simples pecado nos classifica como condenáveis. No entanto, isso não quer dizer que todos os pecados são iguais. Em João 19.11, Jesus diz a Pilatos que aquele que o havia entregado a Pilatos tinha “maior pecado”. O texto é explícito! A própria Bíblia faz diferença entre pecado e abominação (algo detestável, repugnante), como vemos em Levítico 18.22.


ERROS “INOFENSIVOS”

No quadro de avisos de alguns templos evangélicos não é difícil encontrar a seguinte frase: “Muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder”. Apesar do impacto do refrão, devemos perguntar: “Onde vemos isso na Bíblia”? Poderíamos fazer um gráfico estatístico e matemático da oração e estabelecer sua performance? É irônico. Jonas, o profeta que foi usado para trazer o despertamento de Nínive, aparentemente não fez nenhuma oração! Deus é soberano! Ele faz como quer. Certamente, muitos irão dizer que nosso padrão deve ser Elias. Jonas é exceção! Voltemos à Bíblia. Desde quando as orações de Elias funcionaram pela quantidade? Jesus criticou a repetição de orações (Mt 6.7), e em Tiago 5, onde Elias é mencionado, sua oração não é “muita”, mas fervorosa (v. 17). O texto enfatiza que a oração que funciona é a de um “justo” (v. 16), e isso não tem a ver com “quantidade”.

Estes são apenas alguns exemplos de tradições evangélicas não fundamentadas nas Escrituras. O problema é que esses erros “inofensivos” acabam nos afastando do que importa e nos levando a perder tempo com coisas desnecessárias e secundárias. Temos a doutrina do sábado, da gravata, do paletó, da unção etc. Corremos o risco de criarmos tradições humanas que tomam o lugar da Palavra de Deus (Mc 7.9). Hoje, quando se fala em cristão evangélico, imaginamos que se trata de uma pessoa sem vícios, que não bebe, não fuma, não dança, não joga etc. Ora, ninguém precisa ser cristão para viver assim. Há ateus que não fumam nem bebem. Isso não é questão de espiritualidade, mas sim de inteligência! Estamos criando uma caricatura do Evangelho. Ao contrário, Deus deseja pessoas salvas por Cristo, misericordiosas, justas, incorruptíveis, dispostas a perdoar e capazes de amar.

Parece que os profetas enfrentaram algo semelhante em sua época. Ainda hoje, as santas palavras de Miquéias ecoam bem alto: “Com que eu poderia comparecer diante do Senhor e curvar-me perante o Deus exaltado? Deveria oferecer holocaustos de bezerros de um ano? Ficaria o Senhor satisfeito com milhares de carneiros, com dez mil ribeiros de azeite? Devo oferecer o meu filho mais velho por causa da minha transgressão, o fruto do meu corpo por causa do pecado que eu cometi? Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus” (Mq 6.6-8–NVI).


Autoria:Luiz Sayão

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Atletas de Cristo

Atletas de Cristo existe oficialmente desde 04 de Fevereiro de 1984, e é uma entidade sem fins lucrativos que subsiste através de doações voluntárias.

Sua VISÃO é que o mundo todo pode ser alcançado para Cristo através da linguagem universal do esporte.


Sua MISSÃO é levar o atleta a Jesus Cristo a fim de levar o Evangelho ao mundo através do atleta.


Seu OBJETIVO é fazer isto nesta geração.


Suas ESTRATÉGIAS:


1. Promover por todos os meios, a proclamação do Evangelho através do esporte.


2. Equipar líderes e obreiros para a evangelização e o discipulado dos atletas.


3. Desafiar a igreja a se engajar neste projeto, fazendo uma tabelinha com os atletas no cumprimento da Grande Comissão.:::::

QUEM MANTÉM ESTE TRABALHO


Atletas de Cristo é uma entidade sem fins lucrativos e subsiste através de ofertas voluntárias. O lucro das vendas dos produtos com a marca "Atletas de Cristo" também reverte em benefício do seu trabalho. No caso dos Grupos Locais de Atletas de Cristo, este lucro é divido com o grupo, na forma de descontos especiais, gerando recursos para os trabalhos locais.


Se você compreende a importância desse trabalho e deseja mante-los atuantes nos campos, nas quadras e nas pistas do mundo, utilize uma das formas abaixo para fazer a sua doação:


# Depósito em Conta Corrente Banco Bradesco Ag. 0107-4Conta Nro. 242.077 - 5 Banco Itaú Ag. 0866Conta Nro. 06540-2#


#Cheque NominalEnvie cheque cruzado e nominal a ATLETAS DE CRISTO NO BRASIL, para o seguinte endereço:Caixa Postal 55011 - S. Paulo - SP - CEP 04733-970#


#Vale PostalEnvie um vale postal em nome de ATLETAS DE CRISTO NO BRASIL, para a Caixa Postal 55011 - S. Paulo - SP - CEP 04733-970#


#Carnê de ContribuiçãoSolicite um carnê de contribuição personalizado, por email - atletas@attglobal.net - por telefone (11) 5545-4415 ou por fax (11) 5686-6629 ou envie seu pedido por carta para Caixa Postal 55011 - S. Paulo - SP 04733-970, informando nome e endereço completo.#


domingo, 16 de setembro de 2007

Psicologia e fé cristã


Ataques ferrenhos contra o cristianismo bíblico têm sido lançados de múltiplas direções. Dos campos psicológico, filosófico, biológico, para não mencionar o religioso, aparecem razões para descrer do Evangelho.

Karl Marx tentou derrubar a fé cristã pelo determinismo materialista. Charles Darwin lançou sua teoria evolucionista há quase 150 anos, mas ela continua fazendo vítimas em nossas escolas e universidades. Para Darwin, as incríveis maravilhas da Criação nada mais são do que um processo natural que age por acaso durante bilhões de anos.

Sigmund Freud dirigiu seu ataque contra a própria existência de Deus. Postulou que o conceito de Deus é uma projeção da mente que cria um pai substituto, necessário para a estabilidade emocional de pessoas fracas e medrosas. Os historiadores atacam as raízes do cristianismo questionando a veracidade dos eventos centrais da fé. A mídia acrescenta seu apoio, publicando artigos e passando documentários que lançam dúvidas sobre fatos centrais, como o nascimento virginal de Jesus, sua ressurreição e ascensão. O que resta para a fé agarrar não passa de cascas e folhas. A substância é anulada e desacreditada.

Dr. C.G. Jung, um dos mais venerados psicólogos da última geração, escreveu um livro intitulado Modern Man in Search of a Soul(O Homem Moderno em Busca da Alma). A tese do seu livro é que um analista precisa fornecer para seu paciente, enfermo emocionalmente, uma fé que o ajude a vencer o temor da escuridão. Tem que ajudá-lo a vencer o desespero e a desilusão no mundo que domina sua vida. Precisa de alguma percepção (insight) que o permita alcançar saúde emocional.

Para este reconhecido psicólogo, todo ser humano, sem nenhuma exceção, precisa de, pelo menos, quatro coisas: 1) Amor; 2) Fé; 3) Esperança; 4) Compreensão. Jung confessa que o pensamento humano é incapaz de dar ao paciente o que ele necessita: fé, amor, esperança e percepção (Vernon Grounds, Psychology and the Gospel, Seminary Study Series, Denver, CO, s/d). Unicamente o Evangelho fornece estes elementos essenciais ao bem-estar do homem.O


EVANGELHO SUPRE O QUE O HOMEM PRECISA

O Evangelho mantém suas mais profundas raízes no amor de Deus pelo mundo que se autodestrói pelo seu egoísmo, inveja e orgulho. O Evangelho não somente exige fé em Deus, bem como no Senhor Jesus que, “embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo” (Fp 2.6,7). Ofereceu-se em sacrifício para expiar os pecados do mundo. A salvação do pecado e da culpa tem na cruz de Cristo um evento ímpar, pelo qual podemos confiar que nossos pecados foram pagos definitivamente.

Nas verdades centrais da Bíblia encontramos esperança da vida eterna. A morte seria aterrorizante se não fosse a esperança que abre a porta que conduz ao paraíso. A percepção é mais um presente valioso que os regenerados possuem. Pelo autoconhecimento que a Bíblia providencia, podemos tomar dois passos gigantes em direção à saúde emocional.

Primeiro, alcançamos a verdade segura do porquê de nossa existência. Nascemos para glorificar a Deus e alegrar-nos nEle para sempre. Segundo, uma vez sondados e examinados pelo Espírito de Deus (compare João 16.8,9), percebemos nossa pecaminosidade. Infectados com a doença mortal do pecado, não estamos em condições de comparecer diante do Deus que é absolutamente santo sem sermos condenados. Somente esta percepção nos levará a um arrependimento genuíno. Somente arrependimento real nos permite abraçar a fé que perdoa e salva. Experimentamos a graça libertadora e transformadora do Evangelho.


CONCLUSÃO

Não imagine, por um minuto sequer, caro leitor, que o cristianismo não tem nenhuma defesa eficaz contra os múltiplos ataques lançados pelos intelectuais secularizados. Convincentes argumentos, devidamente fundamentados na verdade histórica do Evangelho, respondem coerentemente aos desafios do passado e do presente. Saúde emocional e paz são as recompensas recebidas pelos que crêem.


Autoria:Russel Shedd

sábado, 15 de setembro de 2007

Cristo, as riquezas e os cristãos ocidentais


Acho que precisamos levar os ensinos de Jesus mais a sério.

Ele afirmou que ninguém deve pedir nada a Deus com a angústia dos idólatras, porém a maioria dos crentes sente que precisa rastejar quando faz suas orações.

Ele afirmou que ninguém deve pedir coisas materiais - sequer comida e vestido - pois Deus sabe das necessidades de seus filhos, porém as igrejas ensinam a “bombardear” o céu para conseguir uma ou outra bênção.

Ele afirmou que nenhum dos seus amigos pode acumular riquezas aqui onde a ferrugem corrói e o ladrão rouba, porém as pessoas se angustiam querendo armazenar o máximo que lhes garanta o futuro.

Ele afirmou que seus seguidores devem buscar em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça, mas os cristãos pós-modernos se ocupam em galgar as apertadas malhas sociais, por isso o culto fica espremido num tempinho que sobra nos fins de semana.

Ele afirmou que todos os que amam sua vida a perdem e que os dispostos a perderem sua vida por amor a Deus a ganham. Como os cristãos não gostam desse texto, ele jaz numa prateleira, esperando alguma interpretação mais amena.

Ele afirmou que as pessoas devem vender suas posses e dar esmolas, porém os cristãos fazem exatamente o oposto, acumulam e quando ofertam alguma coisa, dão sobejos – geralmente muito pouco.

Ele afirmou que é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no céu, porém os cristãos preferem interpretar que Jesus exagerou em algumas de suas declarações.

Soli Deo Gloria


Autoria:Ricardo Gondim

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Servo do Senhor


Isaías foi um servo amado e escolhido por Deus. Ele o era porque colocou-se incondicionalmente à disposição do Senhor com as palavras: "Eis-me aqui, envia-me a mim" (Is 6.8). Por isso, como um confidente do Senhor, legitimado por Deus, ele pôde anunciar a um mundo perdido, de maneira antes nunca vista, o Salvador e Redentor, o Messias e Emanuel. E ele o fez através do Espírito Santo, por força das suas grandiosas visões, chamando o Prometido de Servo do Senhor.
Israel já tinha recebido uma promessa da vinda do Messias através de Moisés, quando este disse profeticamente: "O Senhor, teu Deus, te suscitará um profeta no meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás" (Dt 18.15). Por trás dessa promessa estava a garantia do Eterno e Todo-Poderoso. E o profeta prometido não podia ser outro do que alguém dentre seus irmãos, portanto, um judeu. "A salvação vem dos judeus" (Jo 4.22), afirmou o próprio Senhor Jesus. Isaías já o havia anunciado antecipadamente de maneira muito clara: "O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz" (Is 9.2). Que promessa e que provisão misericordiosa para Israel, dizendo que justamente para esse povo nasceria uma grande luz em meio às trevas e o ajudaria a sair da sombra da morte! Com que ansiosa expectativa Israel deve ter confiado nessa promessa maravilhosa!
De maneira progressiva, em etapas crescentes, a voz do profeta anunciou a vinda do Salvador e Redentor de Israel e do mundo:
• 1ª etapa: "Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor" (Is 11.1-2). – "Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca..." (Is 53.2).
• 2ª etapa: "Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel" (Is 7.14).
• 3ª etapa: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto" (Is 9.6-7).
• 4ª etapa: "Naquele dia, recorrerão as nações à raiz de Jessé que está posta por estandarte dos povos; a glória lhe será a morada" (Is 11.10).
Rebento – Emanuel – filho – menino – governo – reino – morada – estas são as etapas estabelecidas por Yahweh para o "Rei dos reis e Senhor dos senhores" (1 Tm 6.15).
Porém, da parte de Deus esse Filho elevado e sublime é chamado freqüentemente de Servo do Senhor. Leiamos apenas três textos messiânicos em Isaías:
"Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios" (Is 42.1).
"Eis que o meu Servo procederá com prudência; será exaltado e elevado e será mui sublime" (Is 52.13).
"Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si. Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu" (Is 53.11-12).
Servo do Senhor não seria uma designação humilhante para o Messias de Deus? Esse nome tem conteúdo profético: ele traça o caminho dAquele que teve que entregar Sua alma à morte como malfeitor. A sabedoria divina não conduziu primeiro para o alto, mas à incompreensível profundeza de grandes sofrimentos. Aqui Isaías viu o homem de dores desprezado que carregou as nossas enfermidades (os nossos pecados) e o nosso castigo, como um cordeiro mudo que é levado ao matadouro: "Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido" (Is 53.3-4).
Não é de admirar que os sábios judeus tiveram problemas com essas representações simbólicas tão diferentes e aparentemente paradoxais do Messias: por um lado se fala do Messias vitorioso, a quem será entregue o domínio – por outro lado trata-se de um Messias desprezado, que se deixa matar como servo de Deus inocente, sofredor. Por isso, alguns sábios judeus concluíram que deveria haver dois Messias, chamando ao glorioso de "Mashiach ben David" (Messias filho de Davi), e ao outro, morto como inocente, de "Mashiach ben Yosef" (Messias filho de José). É evidente que Israel se sentia preferencialmente atraído ao glorioso "Mashiach ben David". Mas as duas representações do Messias se referem à mesma Pessoa! Ele é: "Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus" (Jo 19.19). Inconscientemente Pilatos teve que testificá-lo com a inscrição Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum (I-N-R-I), que mandou afixar no alto da cruz (em hebraico, latim e grego – v. 20). Ele é o Cristo, o Salvador do mundo e Redentor de todos aqueles que desejam pertencer-Lhe. Até Seu sofrimento, Sua morte e ressurreição, Ele cumpriu cerca de 300 profecias. Um judeu pode identificar o verdadeiro Messias apenas lendo o livro de Isaías e com isso passar a ter um relacionamento pessoal com Ele.
E, Deus seja louvado, muitos já O encontraram!
O conceito messiânico Servo do Senhor estava enraizado na consciência do povo judeu. Mas quando Ele veio em humildade, como Servo, está escrito: "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (Jo 1.11). Que trágico! Israel queria um rei judeu majestoso, um rei lutador que o libertasse do jugo romano, não um servo sofredor, que sequer se opôs quando O mataram. Dele está escrito: "Ofereci as costas aos que me feriam e as faces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que me afrontavam e me cuspiam" (Is 50.6). Isso não poderia acontecer! Alguém que permitiu uma humilhação tão grande jamais poderia ser o seu Messias. A maioria dos judeus mantém essa opinião até hoje.
Pelo Espírito Santo, reconheçamos de maneira nova e louvemos a Jesus como Servo de Deus, a Ele que nos livrou da culpa do pecado!
Qual o elemento da salvação? O sangue, já desde a queda em pecado no Jardim do Éden, pois: "Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão" (Hb 9.22).
Para realizar uma remissão plena para todos os homens de todos os tempos, Deus precisava dAquele que sacrificou-se com Seu próprio sangue. Este foi o caminho de obediência do Servo de Deus, Jesus Cristo. Ele o fez por amor a você e a mim! No dia de Pentecoste o apóstolo Pedro anunciou aos seus compatriotas judeus: "O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Servo Jesus, a quem vós traístes e negastes perante Pilatos, quando este havia decidido soltá-lo" (At 3.13).
Jesus viveu entre os homens como Servo e Escravo, e como Servo e Escravo Ele consumou a nossa salvação. Por isso Ele disse aos Seus discípulos: "Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve" (Lc 22.27). E: "tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mt 20.28). Este foi o Seu ministério para conosco, pois como Servo de Deus entregou Sua vida no altar do sacrifício por você e por mim.
Isso não pode nos deixar indiferentes e desinteressados!
Jesus – Servo de Deus! E nós, que posição assumimos? A índole de servo de modo nenhum existe no homem natural. Muito pelo contrário, a rebelião, o desejo de dominar, o orgulho, estão latentes em nós. "Muitos empregados estão subordinados a mim", disse alguém com orgulho escancarado. Assim é a ambição carnal que tem como alvo a aparência, a posição, o prestígio, o poder, muitas vezes passando por cima dos outros, deixando pelo caminho vidas destruídas. No mundo em que vivemos, ser alguma coisa ou ter valor é muito mais atraente do que ser servo. Que erva daninha é o orgulho, principalmente o orgulho espiritual! O Senhor Jesus demonstrou Sua atitude de Servo e nos exortou a fazer o mesmo: "Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também" (Jo 13.14-15). Também o apóstolo Paulo tinha entregado sua vida a Deus como servo: "Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no Evangelho de seu Filho, é minha testemunha..." (Rm 1.9). Exercitemo-nos a cada dia, para assumir a posição de servo de Deus ou serva do Senhor! Nosso Mestre nos ajudará nessa jornada e nos abençoará!
Nosso excelso e maravilhoso Senhor Jesus foi apresentado e anunciado por Isaías como Servo do Senhor porque a grandiosa salvação planejada por Deus somente podia ser confiada a um Servo absolutamente disponível, que provasse Sua submissão sendo obediente até a morte.
Encontramos uma primeira representação simbólica antecipada do Servo do Senhor no cordeiro pascal sacrificado antes da libertação do povo hebreu do Egito. Todo pai de família teve que providenciar para sua família um cordeiro sem defeito, macho de um ano, cujo sangue tinha de aspergir nas ombreiras e na verga da porta da sua casa (Êx 12.7) para que fossem salvos da morte. O sangue foi e continua sendo a única substância de salvação.
O que é um servo (um escravo)? Um servo está a serviço de um senhor e tem com ele um relacionamento de submissão e dependência – e espera-se que tenha também um relacionamento de confiança. Temos um exemplo humano em Elieser, servo de Abraão, que desfrutava da confiança de seu senhor a ponto deste usá-lo em tarefas muito especiais. A Elieser foi confiada a missão de procurar e trazer para casa a esposa destinada a seu filho Isaque; portanto, não uma esposa qualquer, mas aquela que havia sido escolhida por Deus (Gn 24). Elieser é um exemplo de servo fiel, que se identifica de maneira total com a ordem recebida. No aspecto espiritual, esse servo Elieser é um símbolo do Espírito Santo, pois ao buscar a esposa para Isaque ele deixou-se guiar e dirigir por Deus. Mas o mais perfeito de todos os servos teve que descer do céu e abandonar a glória do Pai para cumprir Sua missão com perfeição divina: "a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz" (Fp 2.8).
No livro de Isaías encontramos várias descrições de "servos de Deus". Algumas contêm profecias messiânicas e outras se referem a Israel. "E me disse: Tu és o meu servo, és Israel, por quem hei de ser glorificado" (Is 49.3). Israel deveria estar bem próximo do Senhor ao realizar Seu serviço, para levar o conhecimento de Deus até os confins da terra, até às ilhas mais distantes: "...ao meu povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor" (Is 43.21). Essa foi e continuou sendo a tarefa dada a Israel como servo do Senhor. Mas ele sempre fracassava e voltava a cair em desobediência. Deus lamenta a respeito: "Quem é cego como o meu servo, ou surdo, como o meu mensageiro, a quem envio? Quem é cego, como o meu amigo, e cego, como o servo do Senhor?" (Is 42.19). "...me deste trabalho com os teus pecados e me cansaste com as tuas iniqüidades" (Is 43.24). Depois de pecar, Israel era inevitavelmente castigado e disciplinado pelo Senhor. Por isso o Filho-Servo teve que assumir essa tarefa e Ele fez com a máxima perfeição o que Israel não foi capaz de realizar. Também o encargo de resgatar Israel na última fase dos tempos finais teve que ser entregue ao próprio Messias: "Mas agora diz o Senhor, que me formou desde o ventre para ser seu servo, para que torne a trazer Jacó e para reunir Israel a ele, porque eu sou glorificado perante o Senhor, e o meu Deus é a minha força" (Is 49.5). Aqui já temos um panorama e uma visão do ajuntamento de Israel no Milênio de paz!
Será que Deus ainda mantém Seu plano com Israel? David Ben Gurion, o primeiro premiê do recém-fundado Estado de Israel, viajou para os Estados Unidos e quis encontrar Albert Einstein. Ele fez apenas uma pergunta a Einstein: "Do ponto de vista científico, existe ou não existe esse Deus de Israel?" Einstein respondeu-lhe: "Esse Deus, nosso Deus de Israel, existe. Ele vive e Ele reina".
Isaías já sabia disso muito antes, e disse por ordem do Altíssimo: "Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo, tu, a quem tomei das extremidades da terra, e chamei dos seus cantos mais remotos, e a quem disse: Tu és o meu servo, eu te escolhi e não te rejeitei, não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel" (Is 41.8-10). Será que conseguimos sentir todo o amor paternal, todo o zelo com que Ele mesmo está preocupado com a existência e com o futuro de Israel? É simplesmente comovente! Sabemos que Israel está protegido em todos os tempos sob o cuidado e a direção da Sua onipotência. Disso podemos estar certos também hoje, apesar de todas as turbulências por que passa essa nação! Ele o faz apesar da revolta dos palestinos, apesar do Holocausto, apesar de todos os mísseis apontados para Israel. Na sua solidão e no seu isolamento por parte de todas as nações, o povo de Israel – hoje infelizmente secularizado –, está continuamente protegido pelo Guarda de Israel.
Nossas orações devem cercar e envolver a Israel como um muro de proteção!
Israel é o povo do Seu serviço, e isso desde o começo! Deus disse: "Dirás a Faraó: Assim diz o Senhor: Israel é meu filho, meu primogênito. Digo-te, pois: deixa ir meu filho, para que me sirva; mas, se recusares deixá-lo ir, eis que eu matarei teu filho, teu primogênito" (Êx 4.22-23).
Deus seja louvado: Ele nunca desistiu da escolha de Israel como servo do Senhor! "Tu és o meu servo, és Israel, por quem hei de ser glorificado." Deus tornou-se fiador legítimo de Seu povo pelo Seu nome e Seu Filho. Em Sua pessoa como Messias e em Sua obra Ele é representante de Seu povo. O Filho de Deus identifica-se com Seu povo, pois está escrito: "Veio para o que era seu." Israel é propriedade de Jesus e também propriedade de Deus. A Palavra de Deus é Alfa e ‘mega. O que ainda falta a Israel hoje é o Espírito Santo prometido. Sem o Espírito Santo, Israel não está em condições de cumprir sua tarefa nos tempos finais, nem de levar às nações a bênção perfeita e completa. Isso acontecerá depois dos juízos da Grande Tribulação, quando Cristo se dará a conhecer a Seu povo como o Messias. Isaías viu isso numa visão: "até que se derrame sobre nós o Espírito lá do alto; então, o deserto se tornará em pomar, e o pomar será tido por bosque" (Is 32.15).
Aí sim Israel, como o povo missionário, trará a bênção completa ao mundo; então, no Milênio, reinará segurança e paz, justiça e descanso. As nações virão a Israel desejando conhecer a verdade, como as Escrituras afirmam por diversas vezes:
"Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu e lhe dirão: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco" (Zc 8.23).
"Eis que chamarás a uma nação que não conheces, e uma nação que nunca te conheceu correrá para junto de ti, por amor do Senhor, teu Deus, e do Santo de Israel, porque este te glorificou" (Is 55.5).
"Porque assim diz o Senhor: Eis que estenderei sobre ela a paz como um rio, e a glória das nações, como uma torrente que transborda; então, mamareis, nos braços vos trarão e sobre os joelhos vos acalentarão" (Is 66.12).
Esse é o glorioso futuro de Israel, o servo do Senhor! Por isso também hoje Deus apela a Israel:
"Lembra-te destas coisas, ó Jacó, ó Israel, porquanto és meu servo! Eu te formei, tu és meu servo, ó Israel; não me esquecerei de ti. Desfaço as tuas transgressões como a névoa e os teus pecados, como a nuvem; torna-te para mim, porque eu te remi" (Is 44.21-22).
A aliança para a salvação de Israel foi uma aliança de sangue. "Então, tomou Moisés aquele sangue, e o aspergiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o Senhor fez convosco a respeito de todas estas palavras" (Êx 24.8). Essa aliança foi selada no Calvário, também em favor de Israel, com o sangue do Filho de Deus por toda a eternidade: "porque isto é o meu sangue, o sangue da (nova) aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados" (Mt 26.28). Por isto: "Regozijai-vos, ó céus, porque o Senhor fez isto; exultai, vós, ó profundezas da terra; retumbai com júbilo, vós, montes, vós, bosques e todas as suas árvores, porque o Senhor remiu a Jacó e se glorificou em Israel" (Is 44.23).
Que gloriosa visão do Milênio de paz!
Podemos nos dar por satisfeitos com esses pensamentos piedosos e comoventes?
Pelo contrário, devemos estar plenamente convictos de que nós, como Igreja de Jesus, como ramos da oliveira brava, somos enxertados na videira verdadeira, Israel, que é chamado de servo do Senhor. Isso significa identidade com Israel!
Por isso, oremos insistentemente por Israel, pedindo que o Senhor o guie e conduza de maneira misericordiosa através da "angústia de Jacó" que ainda está por vir!
Nesse sentido também temos uma incumbência bem concreta da parte de Deus:
"Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniqüidade está perdoada e que já recebeu em dobro das mãos do Senhor por todos os seus pecados" (Is 40.1-2).
Burkhard Vetsch

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

A deificação do homem no meio evangélico.


O crente não pode adoecer,ter depressão, ficar pobre, sofre acidentes ou ser assaltado, pois ele é filho de Deus. Essa é a tônica das mensagens triunfalistas presentes na maior parte dos púlpitos desse país. O que está por trás dessa espúria teologia? Certamente é, a doutrina da deificação do homem. Os pregadores da Confissão Positiva, movimento doutrinário de caráter herético, apregoam que o crente é um deus, por esse motivo, ele não pode passar por privações ou qualquer infortúnio.

O homem é um deus? Analisando duas passagens fora do contexto, Sl 82.6 e Jo 10.34, certamente há base para essa heresia. O texto do Sl 82.6, diz: “Eu disse: Vós sois deuses, e vós outros sois filhos do Altíssimo”. A palavra deuses no versículo 1 e 6 do salmo 82, refere-se aos injustos juízes de Israel. E deuses em Jo 10.34, é uma citação do Sl 82.6, quando Jesus argumenta a respeito de sua dividade e filiação com o Pai, sendo que o sentido da palavra deuses é o mesmo do apresentado pelo salmista.

Os juízes, como autoridades constituídas por Deus para representar a justiça e o direito, foram no Antigo Testamento chamados de deuses. Esse texto não está ensinando que o crente é um deus, mas mostra que juízes ímpios não estavam representando Deus, pois deixaram a justiça, não defendiam o pobre e não livraram os oprimidos(vv. 2-5).Jesus cita este Salmo em Jo 10.34, quando é acusado pelos fariseus de blasfêmia, ao chamar Deus de Pai. Jesus então pergunta: “Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?”. O que Jesus argumenta é que Ele, como o Verbo encarnado, não poderia ser acusado de blasfêmia por afirmar ser o Filho de Deus, pois os juízes eram considerados deuses, por fazerem julgamentos, pois o julgamento sempre foi de atribuição divina. Como agora Jesus poderia ser apedrejado por falar de sua identidade, enquanto os injustos juízes se colocavam como deuses na terra? Jesus argumenta, que os juízes, julgando injustamente, eram chamados de deuses; enquanto ele, que operava grandes obras, era blasfemo por declarar Deus como Pai. As obras diferenciariam o verdadeiro Deus. O texto é usado para um apologia à dividade de Cristo e não como doutrina da deificação do homem.

É isso que ensina a passagem em apreço, mas o defensores desse “evangelho” da prosperidade, dizem que o homem é um deus, cheio de autoridade. Os falsificadores da Palavra de Deus, não cansam de fazer uma exegese distorcida do texto e assim ensinar heresias no meio cristão.

Outro texto usado para justificar o ensinamento que o homem é um pequeno deus, é 2Pe 1.4, que diz: “Pelos quais ele nos tem dado grandíssimas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência, há no mundo”. Kenneth Hagin e Benny Hinn são difusores da idéia que o crente é deus. Hagin no livro Zoe: a própria vida de Deus, pg 57, afirmou: “Eis o que somos: somos Cristo”. Hinn afirma:“Os cristãos são pequenos messias. Os cristãos são pequenos deuses”.¹ Baseando o seu ensinamento pelo texto de 2Pe 1.4, Hagin ensinou no livro acima citado, na pg 55, que: “Jesus foi primeiramente e depois humano. E, na carne, Ele foi um ser divino-humano, Quanto a mim, fui primeiramente humano como você, mas eu nasci de Deus, E, desta maneira, tornei-me num ser humano-divino!”. O termo natureza divina ensina que o cristão é um pequeno deus?

Participar da natureza divina não significa possuir os atributos incomunicáveis de Deus, como a sua onipotência; mas é a realidade da habitação do Espírito Santo, que comunica a sua santidade e atributos morais. O Espírito Santo comunica a sua santa natureza para que o crente vença as tendências carnais, ou seja, a sua natureza carnal; como disse o teólogo puritano John Owen: “Todas as dádivas de Cristo nos são transferidas e dadas pelo Espírito de Cristo. Sem Cristo nada poderemos fazer.” ² O apologista Paulo Romeiro, ao comentar a passagem da segunda epístola de Pedro diz: “Nesta passagem Pedro está falando do caráter ou da natureza moral de Deus. Assim, os cristãos, à medida que escapam da corrupção do mundo, passam a demonstrar os atributos comunicáveis de Deus”³.

O ensino da deificação do homem, assemelha esse “cristianismo” ao movimento da Nova Era, que tem como doutrina básica, o homem-deus. Esse “evangelho” da Nova Era contraria o verdadeiro cristianismo. Walter Martin, grande apologista, escreveu: “Enquanto o cristianismo histórico acredita que o homem foi separado de Deus por transgredir a sua lei, o movimento Nova Era acredita que o homem está separado de Deus apenas em seu próprio consciente”4. A Nova Era ensina o homem que ele é um deus, sendo assim,“libertando a sua mente”. A Confissão Positiva ensina o mesmo com uma roupagem cristã. Não é de estranhar que a Confissão Positiva tenha herdado ensinamentos de seitas ocultistas com a Ciência Cristã.

Ter a natureza divina não é ser um mini-deus, mas um vencedor de suas tendências pecaminosas. Ser crente não é ser um super-homem, mas sim conquistar a cada dia uma maior comunhão com Deus.


Autoria: Gutierres Siqueira-http://teologiapentecostal.blogspot.com/

domingo, 9 de setembro de 2007

Foi ressuscitado depois de aberto no IML


O mesmo Jesus que ressuscitou a Lázaro continua a operar milagres em nossos dias. Uma prova disso é a vida do presbítero Éliton Leite de Medeiros, da Assembléia de Deus em Mairiporã, São Paulo. Há oito anos, quando estava afastado do Evangelho, ele sofreu um assalto, sendo gravemente baleado. Antes de morrer, orou a Deus, que ouviu sua oração. Quando já estava no Instituto Médico Legal, passando pela necropsia, para espanto de todos e glorificação do nome do Senhor, Deus o trouxe à vida. Sobre sua situação na época, Éliton conta: "Estava afastado dos caminhos do Senhor, mas minha mãe e a igreja continuavam orando por mim. Entre 1995 e 1996, a igreja levantou um clamor pela minha vida. Foi quando Deus usou uma irmã em profecia para minha mãe dizendo que eu passaria por um período de grande tribulação".
No dia 12 de fevereiro de 1996, a tribulação anunciada teve início. "Trabalhava em uma empresa multinacional, no centro de São Paulo. Fui designado para ir a uma agência bancária no bairro de Santa Cecília. Sai do banco com uma maleta contendo dinheiro de documentos importantes, e fazendo meus planos para o amanhã, quando ouvi uma voz maligna dizendo: 'Para que é um assalto!' Virei e estava diante de três homens armados. Entreguei a maleta, mas a alça arrebentou abrindo-a. Nesse momento, um deles colocou a arma na altura do meu peito. Ouvi o disparo e senti o impacto de uma explosão jogando-me para trás. Cai em cima de um automóvel", conta Éliton.

O primeiro tiro atravessou a caixa torácica de Éliton, afetou o pericárdio do coração, explodiu sua vesícula, atravessou a pleura do pulmão, acertou seu fígado e saiu por baixo da costela, abrindo um grande buraco. "Em seguida, recebi outro tiro, dessa vez em minha perna esquerda, atingindo meu fêmur e dividindo-o em duas partes. Tive uma fratura exposta devido a força que fiz para arrastar-me. Cai e fiquei imobilizado com a boca no chão. Na seqüência, ele deu o terceiro tiro, que entrou a dois dedos da minha coluna vertebral, atingindo vários órgãos".

Naquele momento, no chão, instantes antes de morrer, Éliton orou a Deus. "Pedi a Deus que tivesse misericórdia de mim. Disse em meu coração: 'Sou filho pródigo, Senhor, mas não me deixe morrer sem salvação'. O resgate não tinha chegado ainda e comecei a desfalecer. Aí, algo sobrenatural aconteceu: olhei e vi-me fora do meu corpo. Vi meu corpo estirado no chão e as pessoas em volta observando. De repente, entrei em uma região escura. Não sabia o que era.


Perdi totalmente a noção de hora e espaço. Não via nada, apenas tinha consciência de mim e ouvia a minha voz. Comecei a clamar a misericórdia de Deus".
Enquanto isso, o corpo de Éliton foi levado para o Hospital Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Lá, tentaram reanimá-lo, mas não foi possível. Em pouco tempo, declararam o óbito. Seu corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). Na madrugada do dia 13 de fevereiro de 1996, os médicos abriram-no de cima abaixo, a partir da altura da garganta serrando a caixa torácica e cruzando abdome e umbigo. Quando o médico extraía um projétil, percebeu que o coração da vítima estava ferido. Ao tocá-lo, se assustou com o que sentiu: o coração de Éliton estava batendo!

Assustado, o médico legista chamou seus companheiros para discutir a situação. Todos ficaram assustados, já que, além de ter sido anteriormente constatada a morte de Éliton, seu corpo havia sido aberto sem anestesia e com instrumentos não esterilizados, mas mesmo assim dava sinais de vida. Depois de alguma discussão, resolveram fechá-lo às pressas e levá-lo a um centro cirúrgico.

Os médicos do hospital trabalharam 20 horas em Éliton. removeram vestígios dos projéteis, retiraram os órgãos atingidos e seguraram seu fêmur parafusando-o. Enquanto isso ocorria, "lembro-me que estava naquela escuridão quando clamei pelo sangue de Jesus. De repente, uma luz transformou o ambiente. Um ser enviado de Deus apareceu na minha frente com a vestimenta alva e resplandecente e tocou no meu peito. A partir daí, percebi que Deus havia me dado mais uma chance para que viesse a pregar o Evangelho. Depois, voltei a mim já no meu corpo. Estava na Unidade de Tratamento Semi-intensivo. Contei aos médicos minha experiência e todos diziam que era um milagre. Alguns choravam".

Ao receber alta, Éliton foi avisado que sua perna esquerda perdera a coordenação motora e ficaria para o resto da vida usando cadeira de rodas. "Na quarta-feira a noite, fui para a igreja confessar publicamente minha volta para Jesus. Fui apresentado sobre uma cama, colocada ao lado do púlpito. No momento em que o pastor pregava, pedi que orasse por mim. Na oração, Deus usou em profecia uma irmã, dizendo: 'Homem, faço eu do jeito que quero. Eu firo e Eu saro. Dou a vida e dou a morte. Faço descer à sepultura e faço subir à sepultura, pois eu sou Deus.


Farei com que sua saúde seja melhor do que antes'. Depois do culto, fui para casa nos braços de alguns obreiros. Quatro meses depois dessa profecia, num domingo, enquanto aguardava os irmãos chegarem para levar-me à igreja, eu orava a Deus quando ouvi alguém falar: 'Levanta e anda!' Pensei que fossem os irmãos que haviam chegado, mas não eram. Então, fechei meus olhos e falei: 'Deus, sei que o Senhor fala comigo, mas não posso levantar-me'. Ouvi novamente a voz: 'Levanta e anda!' Foi quando dei um grito, dizendo: 'Jesus, olha para mim agora'. Com minhas mãos, comecei a empurrar as minhas pernas para fora da cama. Quando meus pés tocaram o chão, disse: 'Deus, é pela tua palavra que irei levantar'. Foi quando senti fortemente a presença do Espírito Santo. Fiquei de pé, comecei a andar e a falar em línguas. Até hoje ando, para glória de Deus", testemunha Éliton.

Por, Éliton Leite de Medeiros CPAD


Eduardo Neves

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Homem flagrado com Bíblia recebe chibatadas!


Irã - Autoridades iranianas no Teerã chicotearam um homem simplesmente porque ele portava uma Bíblia no carro. A denúncia foi feita esta semana pela ONG Iran Focus em seu website. O homem foi identificado apenas pelas iniciais A.Sh.

De acordo com a denúncia, no dia 5 maio, A.Sh. se envolveu em um acidente de carro com um outro veículo que pertencia a um agente de segurança de Teerã, numa estrada. Por causa do problema, forças de segurança estatais resolveram inspecionar o veículo dele e encontraram uma Bíblia e um vídeo sobre Jesus. A. Sh. admitiu a ser cristão e os agentes de segurança não hesitaram em espancá-lo. Ele foi preso e levado para o Centro de Detenção 102. Durante o interrogatório, os agentes de segurança acusaram o homem de ter se convertido do islã ao cristianismo, uma prática proibida segundo as rígidas leis teocráticas do Irã. Em seguida ele foi submetido a uma sessão de tortura física e psicológica, de acordo com o relato da ONG. Os oficiais usaram um chicote para bater nas costas de A.Sh. O cristão foi libertado dois dias depois, sob fiança paga por seus familiares.

Veja foto que mostra as marcas da agressão.

Fonte: Portas Abertas

"E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições."
II Tim 3.12